Semana da Poesia de Cachoeirinha
Inundar a cidade de poesia, este é objetivo central da Semana da Poesia de Cachoeirinha, que ocorre, anualmente, no mês de março, do dia 14 (aniversário de Castro Alves) ao 21 (Dia Mundial da Poesia). No entanto, devido ao isolamento social decretado por causa da pandemia da covid-19, a edição de 2021 foi transferida para o período de 22 a 28 de novembro.
A nona edição da Semana contará com recursos da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, obtidos, por meio do edital 29/2020, da Prefeitura de Cachoeirinha,na condição de pessoa física, pela produtora cultural Sônia Zanchetta, da diretoria do Instituto Ágora.
Estes recursos foram utilizados para contratar a programação básica da Semana, integrada por 16 atividades, entre saraus, shows, encontros com autores, oficinas, contações de histórias e intervenções urbanas. E paralelamente, aderiram ao evento dezenas de parceiros que também realizarão atividades relacionadas com a produção e/ou a leitura de poesia.
Os interessados em aderir à Semana podem obter informações pelo e-mail contato@institutoagora.org.
História
A Semana da Poesia de Cachoeirinha foi criada, na década de 2000, pelo poeta e jornalista Milton Souza e pela produtora cultural Sônia Zanchetta. Sua ideia era inundar a cidade de poesia, no mês de março, do dia 14 (aniversário de Castro Alves) ao 21 (Dia Internacional da Poesia), com a colaboração de parceiros.
Para tanto, mobilizaram, em duas edições anuais, escolas, entidades, empresas, coletivos, escritores e outros artistas, que aceitaram o desafio de realizar ações que colocassem a poesia em destaque no período.
Depois de um intervalo de alguns anos, a Semana foi retomada, em 2015, a cargo do projeto Quitanda da Leitura, que Sônia havia criado em 2011, e o poeta Milton Souza foi o homenageado do evento.
Desde então, a Semana ocorre anualmente — embora tenha sido interrompida, em 2020, em seu terceiro dia, em função do confinamento social decretado devido à pandemia do covid-19 —, e tem contado com dezenas de parceiros da cidade, além de escritores e artistas de outras localidades que se dispõem a vir a Cachoeirinha a fim de colaborar na programação das escolas.
Saiu na mídia
Biblioteca Comunitária Sol e Lua
Em meados de 2012, a estudante de Pedagogia Cristiane Teixeira e a jornalista e produtora cultural Sônia Zanchetta decidiram reorganizar e reabrir a biblioteca comunitária da Associação de Moradores do Bairro Carlos Wilkens, de Cachoeirinha, que se encontrava fechada há vários anos.
Com a autorização de João Luís Noé, presidente da entidade na época, mobilizaram outras voluntárias e, durante meses, o grupo construiu um acervo novo, em substituição ao original, descartado em sua quase totalidade por se encontrar em condições precárias.
Naquele momento, a Praça Telmo Silveira Dornelles, onde se encontra a Associação, estava bastante vandalizada e havia se transformado em ponto de consumo de drogas e badernas, com o que as famílias da vizinhança evitavam frequentá-la.
Então, o desafio do grupo de voluntários da biblioteca, desde o primeiro momento, foi o de transformar a Praça em um espaço mais bonito, seguro e alegre, capaz de oferecer cultura, esporte, lazer e momentos de convivência social à comunidade daquela região da cidade.
Com o apoio de vários parceiros, que contribuíram com materiais ou trabalho, as salas e o banheiro da biblioteca foram reabilitados. E, depois de receber várias doações de móveis, equipamentos e livros, o espaço foi reaberto à comunidade em 16 de março de 2013.
Em 2014, foi empossada a nova presidente da Associação, Maria Tereza Menin Giza, em parceria com a qual a equipe da biblioteca e outros voluntários passaram a realizar benfeitorias na Praça.
Em outubro do mesmo ano, o projeto Quitanda da Leitura, desenvolvido por Sônia Zanchetta com o objetivo de promover a circulação de livros em Cachoeirinha, foi contemplado pelo concurso Mais Cultura/Pontos de Leitura, do Ministério da Cultura, por meio da Secretaria Municipal da Cultura de Cachoeirinha.
A proponente utilizou parte do prêmio recebido para adquirir livros, revistas e gibis de interesse para os adolescentes e os doou à biblioteca, onde já funcionavam as salas de leitura para adultos e crianças, e foi criado um espaço especial, denominado JovemTeca, para esse público. Na ocasião, a biblioteca passou a ser denominada Ponto de Leitura Sol e Lua, por sugestão de membros da comunidade.
Logo depois, o Ponto de Leitura instalou WiFi na Praça Telmo, e a comunidade, atraída pelo seu acervo, pelos eventos culturais que promovia e por esse serviço, voltou a frequentá-la, com o que foram significativamente reduzidos os problemas que ocorriam por lá.
Em janeiro de 2019, o Ponto de Leitura foi integrado ao coletivo Redes de Leitura – Bibliotecas Comunitárias do RS (atualmente denominado Beabah- Bibliotecas Comunitárias do RS), que, mais adiante, passou a remunerar, por meio de um patrocinador, um mediador de leitura permanente e a lhe disponibilizar formações e recursos para a atualização do acervo e a compra de materiais.
No mês de maio de 2020, a equipe decidiu transferir o Ponto de Leitura da Praça Telmo para uma casa localizada na Rua Anita Garibaldi, 185, no bairro Márcia, onde contará com mais espaço e mais autonomia, e alterar seu nome para Biblioteca Comunitária Sol e Lua.
E, no dia 13 de junho do mesmo ano, foi fundado o Instituto Cultural e Social Ágora, que passou ser a entidade mantenedora da Biblioteca, que lhe deu origem.